segunda-feira, 17 de março de 2014

Adormeces

Um beijo. E será minha
Rosa doce de paladar campestre.
Um toque. E deslizarás suave,
Sobre o peito que te anseia,
Tão vivo e vai de palpitante,
Do não querer que te apartes.
Mas o canto respira amor,
E chama. Como te chama ele!
Deixas-te ir. Desvaneces-te,
Nas palavras quase quentes
Que te sussurro. E adormeces,
Num beijo de engano à alma.

Autor/net




Amor é privilégio de maduros.
Estendidos na mais estreita cama,
Que se torna a mais larga e mais relvosa,
Roçando, em cada poro, o céu do corpo.
(Carlos Drummond de Andrade)

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