sábado, 30 de agosto de 2014

Chalana /poema

Chalana 
Uma sonhadora ribeirinha 
Em vestido de flor e alcinha
Nas margens do rio a vida seguia 
Com roupa a quarar ela sonhava amar.

No desembarcar de uma chalana 
Olhos azuis sua beleza mirou 
No coração seu corpo cobiçou 
Dela logo se aproximou com fervor.  

Colocando-se a disposição
De levar de volta bacia e sabão
No santimonial lhe estendeu o braço
Na armadilha das palavras o laço.
No pretextar de uma lembrança lhe dar
Ao seu quarto na pousada adentraram 
No seu rosto a tocar juras a fez acreditar 
Que no seu olhar o amor encontrou.

 No inquirimento de sua devoção 
Despiu a moça da roupa e emoção 
Amaram-se no fogo de uma paixão
Fez da donzela submissa rameira 

Após coito dos corpos cansados 
Disse-lhe o seu triste legado 
Não estaria sempre ao seu lado 
O amor foi obra do acaso.


Narcotizado de amor adormeceu,
Sem perceber há ribeirinha fenecer
Quando despertou na janela avistou 
Não mais o sol que os olhos iluminavam 
Mas uma chalana que sua dor levava.

Sem notar ele acordou enlaçado
Desejoso de outro abraço 
Dos dengos e doce afago 
Do amor ribeirinho,
Na certeza que o destino,
Brincou com seu desatino.

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'Não se pode brincar de amor ,sem acontecer de ser brinquedo do destino " anja-mel 

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