sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Coração de papel

Coração de papel 


Escreves-te nele o lápis  
Com a borracha da indiferença
Foram apagados teus atos tolos,
Uma vivencia sem cheiro,
Cor ou sequer o sabor.
No arquivo morto da minha memória,
Não ousará permanecer como algo útil,
Com orgulho refaz-me em folha de ouro,
Para biografia de um doce amor alinhado.


Quando uma gravura ou canção,
Fizerem-me recordar o rabisco que fiz,
Vou me desmanchar em risos,
Manifestar uma alegria contagiante,
A criança aprendeu a desenhar.

A rasura que um dia cometi por utopia,
Amassei em dobradura,
Nas letras de poesia,

Nela naveguei feliz.

Baseado no escrito -"O meu coração não é escrito a lápis/ De Lígia Guerra

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