domingo, 9 de março de 2014

Mudança de Atitude

"Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia." II Corintios 4:16

Certo dia uma senhora chegava em casa de uma das consultas médicas e disse aos familiares:

- Pedi franqueza aos meus médicos e que não me poupassem de saber a verdade sobre meu estado de saúde. Eu sinto que me resta pouco tempo.
Diante dos olhares ansiosos, ela continuou:
- Eles me revelaram que sou portadora de uma moléstia incurável e que tenho poucos dias de vida.







- E a senhora nos conta isso com essa naturalidade?



perguntou uma das filhas, em prantos.
 Continuou a senhora, com muita serenidade:

- Ora, eu tenho um bom tempo para fazer tudo que já devia ter feito há muito tempo atrás.
Vou arrumar toda a minha casa, colocarei belas cortinas em todas as janelas, assim, elas me impedirão de ficar olhando a vida alheia.  
Todos os dias tirarei o pó da casa e durante esse trabalho pensarei: 
'Estou me livrando das sujeiras que guardei do passado.'
E continuou:

- Vou deixar todos os meus armários organizados, guardarei o que realmente uso e o resto jogarei fora ou doarei a quem precisa.  
Evitarei assistir ou escutar más notícias.

Vou alimentar o meu espírito com leituras saudáveis, conversas amigáveis, dispensarei fofocas e não criticarei mais ninguém.
Pensarei naqueles que já me magoaram e, com sinceridade, os perdoarei.
Fez uma pausa e continuou:

- Todas as noites agradecerei a Deus por tudo que estarei conseguindo fazer nestes dias que me restam.

Todas as manhãs, ao acordar, perguntarei a mim mesma: 
'O que posso fazer para tornar o dia de hoje um dia melhor?'

Farei de tudo para transmitir felicidade àqueles que de mim se aproximarem.
E a cada dia que passar farei pelo menos uma boa ação, portanto, quando eu fechar os olhos para nunca mais abri-los, eu terei feito inúmeras boas ações.
Todos que a ouviam, pouco a pouco se retiraram dali, indo cada um para um canto, chorar sozinho.
A mulher ali ficou e nos seus olhos havia um brilho de alegria.

Dizia ela a si mesma:

- Não posso curar meu corpo, mas posso mudar a vida que me resta.
A minha tarefa de casa é grande, porém vale a pena todo qualquer esforço.
Vou conseguir realizar. 

Quero transformar meu mundo interior.
Vou me tornar uma pessoa totalmente diferente do que fui até ontem.

O mais curioso e extraordinário dessa história foi o que aconteceu.

Ela conseguiu cumprir plenamente todos os compromissos que tinha assumido consigo mesma.

Dos poucos dias de vida que restava a ela, viveu por mais longos e saborosos 23 anos.

Ela curou a sua própria alma.

A sua moléstia desapareceu.

Ela morreu de velhice..

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